telessaude_horizontal-site.png
Facebook Instagram Twitter Linkedin Youtube linkedin.png WhatsApp Business spotfy.png Spotfy

26 de março - Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia

Avaliação do Usuário: 5 / 5

Estrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativa
 

Sua prevalência é em torno de 0,5% a 1,0% da população, cerca de 1,8 milhões de pessoas.

O “Dia Roxo”, Purple Day, é um esforço internacional dedicado a aumentar a consciência sobre a epilepsia em todo o mundo . Em 26 de março , anualmente, as pessoas em países de todo o mundo estão convidados a se vestir de roxo nos eventos em prol da consciência da epilepsia.

A epilepsia é provocada por uma anormalidade na atividade elétrica cerebral que pode estar associada a uma lesão visível ou a anormalidades mais sutis na neuroquímica. Portanto são visualizadas por meio de exames de ressonância magnética. 

A epilepsia NÃO é uma doença transmissível por contado físico ou mesmo secreções como saliva, urina e sangue. E na realidade, a crise epiléptica parece muito mais assustadora do que realmente é! 

Sua prevalência é em torno de 0,5% a 1,0% da população. Considerando a estimativa de 1,8 milhões de pessoas com epilepsia ativa (estimativa de 1% de prevalência pontual), pode-se estimar algo entre 340 mil e 900 mil pessoas com epilepsia e algum transtorno mental associado no Brasil.

causas da epilepsia.png
As causas da Epilepsia - Crédito: Viver Mais

Quais são as causas e os tipos de Epilepsia?

As causas mais comuns são as infecções, como a meningite, traumatismo craniano, acidente vascular cerebral, falta de oxigenação durante o parto e doenças genéticas que repercutem sobre o funcionamento cerebral.

O tipo da crise epiléptica vai depender da região que é envolvida pela atividade elétrica cerebral, e podem se manifestar de diversas maneiras:

  • A crise convulsiva, que é a mais conhecida da população, como “ataque epilético” ocorre devido à propagação de uma crise localizada em uma região, estendendo-se para todo o cérebro. Isso faz com que a pessoa caia, contraia os músculos de todo o corpo, podendo inclusive morder a língua, salivar demais, respirar de forma ofegante e até perder o controle esfincteriano (urinar e defecar).
  • A crise do tipo “ausência”, conhecida como “desligamentos”, é mais comum entre crianças na idade pré-escolar. O paciente, a pessoa fica com olhar fixo e perde contato por alguns segundos, perdendo a capacidade de falar, compreender e reagir. Neste caso, embora o paciente esteja inconsciente, não ocorrem às contrações generalizadas da musculatura como nas crises convulsivas. Muitas vezes não é percebida pela família/professores.
  • Há ainda algumas crises de “choques” nos membros chamadas crises mioclônicas que ocorrem geralmente ao acordar de manhã cedo e que quando repetidas podem culminar com uma convulsão;
  • Há crises”de quedas” com o corpo totalmente amolecido, chamadas de crises atônicas;
  • Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoa estivesse “alerta” mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial (ou focal) complexa;
  • Existem outros tipos de crises que podem provocar percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória (crises parciais ou focais simples).

 

Quais são os riscos em uma crise de Epilepsia e como proceder no momento da crise?

Os maiores riscos estão relacionados aos acidentes decorrentes da perda de consciência, e não da crise propriamente dita. Por isso, é fundamental tomar estes cuidados:

  • Posicione a pessoa de lado para evitar que ela se sufoque com a própria saliva; 
  • Retire de perto objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos;
  • Levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
  • Afrouxe as roupas;
  • Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar;
  • Verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;
  • Nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se);
  • Não dê tapas;
  • Não jogue água sobre ela.

haroldo1_T9OuxOW.jpg
Personagem Haroldo da turma da Mônica chama a atenção para a Epilepsia - Crédito: Revista Galileu
 

Existe tratamento?

Sim. O tratamento é feito basicamente com medicamentos. E em algumas situações específicas, quando há falha no tratamento medicamentoso, indica-se a cirurgia. Estima-se que a chance de cura da Epilepsia esteja em torno de 70%.

A pessoa que tem Epilepsia devera tomar alguns cuidados, como procurar dormir bem, evitar situações que geram ansiedade, manter uma boa alimentação, não ingerir bebida alcoólica, não se expor a luz estroboscópica,  tomar corretamente as medicações e fazer acompanhamento médico de rotina.

tratamento epilepsia.jpg
Crédito: Revide

Deve-se ter também tomar algumas precauções relacionadas à perda de consciência, o que poderá colocar em risco não apenas a vida da própria pessoa, mas também de outras pessoas, como o banho de mar, de piscina e dirigir. Entretanto, Isso não significa que a pessoa precise parar de viver. Ela tem que procurar levar uma vida normal, sabendo que tem algumas limitações,   como em qualquer outra doença neurológica. 

Autora

monicasantosbraga2.jpg

Monica Santos Braga
Coordenador Temático I – Enfermeira

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (1988). Mestre em Ciências da Saúde pela disciplina de Infectologia na área de Epidemiologia Hospitalar - Universidade Federal de São Paulo (2006). Docente (professor adjunto) no curso de graduação de enfermagem na Universidade Paulista, ministrando as disciplinas de Politicas de Saúde, Epidemiologia, Práticas Clinicas, Propedêutica do Adulto e Biossegurança. Docente da disciplina de "Epidemiologia" nos cursos de pós graduação de Enfermagem do Trabalho e Obstetrícia da Universidade Paulista. Professora Assistente Substituta na disciplina de Fundamentos de Enfermagem da Unifesp por um período de 3 meses. Tem experiência nas áreas assistencial, gerencial, técnica e de educação, com maior enfoque em Epidemiologia Hospitalar, especialmente nas questões relacionadas as medidas de prevenção e controle das infecções relacionadas a assistência à saúde e de biossegurança- exposição ocupacional a material biológico e elaboração e controle do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). Em 2020 prestou serviço para a prefeitura de São Paulo, onde realizou teleconsulta à população com suspeita da Covid, através de uma plataforma digital. E também foi bolsista (concurso público) em projeto de extensão da Telessaúde de São Paulo- UNIFESP, atuando como coordenadora de teleconsultoria voltada aos trabalhadores da Atenção Básica no Município de São Paulo entre os meses de outubro a dezembro. Saiba mais: Aqui

Referências

  • Ministério da Saúde. Blog da Saúde. Epilepsia: é possível conviver com a doença. Erika Braz. 25 de março de 2019. Disponível em;< http://www.blog.saude.gov.br/index.php/geral/53820-epilepsia-e-possivel-conviver-com-a-doenca> 
  • Associação Brasileira de Epilepsia. Dúvidas Frequentes. Disponível em: https://www.epilepsiabrasil.org.br/duvidas-frequentes.
  • https://pebmed.com.br/dia-mundial-de-conscientizacao-da-epilepsia/
  • Aspectos epidemiológicos e relevância dos transtornos mentais associados à epilepsia <https://www.scielo.br/pdf/rbp/v27n4/a13v27n4.pdf>

Telessaúde São Paulo

E-mail: telessaude.sp@unifesp.br - Telefone: (11) 3385-4211

Endereço: Rua Pedro de Toledo, 715 - Piso superior - Vila Clementino - São Paulo - SP - 04039-032