Estudos já comprovaram que algumas vacinas em estágio final são seguras e eficazes. Agora, cientistas analisam se, além de evitar o desenvolvimento dos sintomas e a morte por Covid-19, as vacinas são capazes de impedir que a pessoa se infecte e transmita o vírus.
"O que sabemos até agora das vacinas que a gente tem resultado de fase 3 é que elas protegeram contra doença, contra sintomas da Covid e tem alguma indicação de que pode também estar protegendo contra doença grave. A gente ainda não sabe se essa vacina protege de infecção”, explica Denise Garrett, vice-presidente do Programa de Epidemiologia do Instituto Sabin.
Essa resposta virá na fase 4 – quando começa a vigilância pós-vacinação em massa. "A gente tem que esperar uma certa porcentagem da população estar imunizada para poder ter um grande impacto na transmissão”, afirma Garrett.
“O desejável é que a proteção fosse contra a infecção e a doença, pois assim a vacinação teria um impacto maior sobre a circulação do vírus. Mesmo assim, neste momento desesperador, o que precisamos é que as pessoas do grupo de risco parem de morrer pela doença, que as taxas de internação e morte diminuam”, complementa Ribeiro, infectologista e vice-presidente regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Complemento
Como a Coronavac tem proteção total de cerca de 50%, cai à metade a chance de contaminação. Não é uma vacina perfeita, mas ajuda muito. É por isso que as medidas de precaução tem que ser continuadas, até a obtenção da imunidade de rebanho (80% a 90% da população vacinada).
Autor:
Jose Marcos Thalenberg
Coordenador Temático I – Médico - CTI-M