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OPINIÃO: Qual o papel da enfermagem para dor crônica na atenção primária?

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Por Felipe Moretti

Existem muitos programas multidisciplinares para dor crônica cuja avaliação inicial, triagem e direcionamento de condutas específicas são realizados pela equipe de enfermagem, que identifica certas prioridades dos pacientes e conduz alguns nortes de tratamento.

Outro papel importante é na condução de oficinas de discussão e articulação com a equipe. Essas oficinas podem ser articuladas também com gestores e apoiadores da rede, para que possam ser discutidas políticas de encaminhamento de casos específicos, para que sejam otimizados certos processos de trabalho, assim como para capacitação e sensibilização dos profissionais. Neste ambiente coletivo de reflexão e prática é possível tratar de pautas específicas, como certos protocolos de assistência, novas formas de trabalho e dificuldades vividas com casos específicos.

Esta abordagem das oficinas aplicadas à dor crônica foi utilizada em São Bernardo dos Campos (1). Entre os resultados eles citam que as ações fizeram estreitar os laços entre as equipes, qualificaram certos encaminhamentos e houve diminuição da fila de espera.

Neste contexto, a apresentação de casos em equipe, as discussões para realização de projetos terapêuticos singulares (2, 3), assim como as práticas de Clínica Ampliada também são recursos muitas vezes conduzidos conjuntamente com a equipe de enfermagem, ajudando a qualificar os atendimentos e a melhorar alguns processos ou fluxos internos.

Outro papel valioso e que a enfermagem costuma fazer muito bem é na esfera de orientação/educação do paciente. A educação é uma das abordagens com melhores resultados para dor crônica. Veja, por exemplo, no consenso do diagnóstico e tratamento das lombalgias e lombociatalgias (4), que os autores apontam como evidência máxima a educação e o esclarecimento dos pacientes, sendo considerado como um processo fundamental para a reabilitação dos pacientes.

No contexto atual da pandemia, a educação dos pacientes é uma ação de suma importância, podendo entrar no rol de procedimentos da teleassistência (com ligações telefônicas, suporte assistencial, orientações por mensagens, monitoramento remoto etc). Esses são programas inclusive que historicamente os enfermeiros desempenham à frente de várias categorias e com iniciativas inspiradoras mundo a fora.

Outro possível trabalho importante da enfermagem na dor crônica é com estratégias para melhorar a adesão aos tratamentos propostos (5).

Referências

http://www.saude.sp.gov.br/humanizacao/homepage/acesso-rapido/rede-de-experiencias-em-humanizacao/experiencias/grupo-de-pessoas-com-dor-cronica-abordagem-terapeutica-e-social-ubs-vila-marchi-de-sao-bernardo-do-campo

Dobscha SK, Corson K, Perrin NA, Hanson GC, et al. Collaborative care for chronic pain in primary care: a cluster randomized trial. Jama. 2009; 301(12): 1242-1252.

https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/14124

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=%22S0482-50042004000600005%22&script=sci_arttext

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2003000300017

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