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OPINIÃO: Vulnerabilidade e feminicídio – Quem são essas mulheres?

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8 de março dia Internacional da Mulher

Por: Raquel Xavier de Souza Saito

Vulnerabilidade e feminicídio – Quem são essas mulheres?  O que fazer para a redução desse fenômeno.

O Brasil desponta entre os países com maior número de feminicídio nos últimos anos. A cada dia, mais mulheres são sacrificadas todos os meses no Brasil. Quem são elas? A grande maioria negras, pobres e em situações de vulnerabilidade.  

O mapa da violência de 2019 mostra que em 2017 foram 4.936 mulheres assassinadas. Na média, 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil.  Em 2018, 66% das mulheres assassinadas eram negras, maior número em 10 anos. De 2007 a 2017 a taxa de homicídios de mulheres negras cresceu 29,9% enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras foi de 4,5%. Entre 2012 e 2017 homicídios fora da residência caiu 3,3% enquanto homicídios dentro de casa cresceu 17,1%. O número de mulheres mortas dentro de casa por arma de fogo cresceu 28,7% e mulheres mortas por arma de fogo fora da residência cresceu 6,2%. (IPEA, 2019)

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Mapa da Violência

Desigualdades raciais se mostraram determinantes nas taxas de feminicídios no Brasil. O que fazer?

Equipes da Atenção Básica e da Estratégia saúde da Família estão em posição privilegiada e precisam adquirir competências para o diagnostico e manejo das situações de violência contra a mulher. A intersetorialidade, (integração entre o setor saúde, da assistência e da segurança pública, principalmente as Delegacias da Mulher) se mostra necessária ao enfrentamento dessa realidade.

O fenômeno “feminicídio” não será combatido apenas com a criação de Leis de Decretos, tampouco com a prisão daqueles que cometem o ato, mas, com movimentos de inclusão por meio da qual se assegure educação emancipadora, trabalho e renda, habitação, alimentação, acesso a bens e serviços essenciais, etc.

Em síntese, o governo (Municípios, Estados e União), trabalhadores da saúde, educação e segurança pública precisam se dedicar ao diagnóstico dessa realidade em seus espaços, tecer a rede de atenção a essas mulheres e estabelecer metas que busquem saúde em sua amplitude: biológica, social e mental.

O feminicídio é um problema de: saúde, segurança e educação pública, portanto depende de todos.     

Referência

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Atlas da violência 2019. /Organizadores: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Brasília: Rio de Janeiro: São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

 

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Profª Drª Raquel Xavier de Souza Saito

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade de Taubaté (1988), Especializações (Lato Sensu) em: Enfermagem do Trabalho pela Universidade da Cidade de São Paulo (UNICID -1989), Administração Hospitalar pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP -1999) e Ativação de Mudanças no Ensino Superior na área da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ - 2006). Especializações Stricto Sensu: Mestrado em Enfermagem na Saúde do Adulto pela Universidade de São Paulo (USP - 2004) e Doutorado em Ciências da Saúde pelo Departamento de Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP- 2010). Linhas de pesquisa: Políticas Públicas de Saúde, Estratégia Saúde da Família e Integralidade. Enfermeira assistencial na Atenção Primária no Município de São Paulo desde 1991 Desde 2004 professora/coordenadora do curso multiprofissional de pós-graduação em Saúde da família na Faculdade Santa Marcelina. Docente dos cursos de enfermagem, nutrição e medicina da Faculdade Santa M arcelina. Tutora da Especialização multiprofissional em Saúde da Família na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) projeto da parceria entre a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNASUS) e UNIFESP (de 2011 até 2018). Tem experiência em Saúde da Família na área da assistência, gerencia e educação/formação. Na área hospitalar em funções assistenciais e de administração/supervisão.

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