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05/06 - Dia Mundial do Meio Ambiente

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O plástico que nos protege da Covid-19 pode ser perigoso para o meio ambiente  

Dia Mundial do Meio Ambiente

As Nações Unidas designaram 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente. Todos os anos desde 1974, é comemorado a fim de ajudar a chamar a atenção para os benefícios que a natureza oferece à humanidade.

O Dia Mundial do Meio Ambiente de 2021 também marcará o lançamento da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas. 
A data também tem como meta promover uma postura crítica e ativa por parte da população em relação aos problemas ambientais. Através da agenda da Década das Nações Unidas, a iniciativa busca prevenir, interromper e reverter a degradação dos ecossistemas.

O coronavírus já matou mais de 2.000.000 pessoas em todo o mundo desde novembro de 2019 e causou estragos na economia mundial: O surgimento da Covid-19 ressaltou o fato de que, quando destruímos a biodiversidade, destruímos o sistema que apoia os seres humanos. 

A natureza está nos enviando uma mensagem. E os humanos fazem bem em prestar atenção.

Covid-19

O coronavírus tem sido a causa de centenas de milhares de mortes e continua sendo uma ameaça muito real. Mas as quarentenas e os bloqueios para diminuir a propagação tiveram outro efeito: uma pegada ecológica melhor. O ar de muitas grandes cidades melhorou muito, mas nossa dependência de plástico para nos proteger da Covid-19 pode ter se tornado perigosa para o meio ambiente.

Em São Paulo, esse impacto é visível. A cidade deixou de ter o espectro cinza no horizonte. Menos atividades nas fábricas, menos circulação de veículos e tudo isso tem impacto na redução da poluição. Nas primeiras semanas do isolamento social, as estações meteorológicas registraram redução de 70% nos níveis de gases tóxicos encontrados na atmosfera da cidade. Essa queda está diretamente ligada à diminuição do tráfego de veículos, principais emissores de monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio. Em Istambul, a poluição do ar caiu 30%. Na China, os níveis mais baixos de dióxido de nitrogênio em janeiro e fevereiro foram equivalentes a remover 192 mil carros do tráfego. A NASA viu a poluição do ar da Índia cair para uma taxa igual a de 20 anos atrás em uma semana de bloqueio.

Artigos científicos têm mostrado que a concentração de casos graves da Covid- 19 estão em regiões com maiores índices de poluição. É como dizer que as pessoas que vivem em regiões poluídas fumam. O pulmão está sempre sujeito a poluentes e fatores que prejudicam a saúde. Quando tem uma doença que pode afetar o sistema respiratório, o efeito é maior.

No entanto, a pandemia também aumentou o uso de plásticos. O uso de máscaras, luvas, escudos transparentes ou equipamento de proteção individual descartável (EPI) estão em alta, tanto para pessoas normais que desejam se proteger enquanto estão em público - compras, por exemplo -  quanto para profissionais de saúde expostos ao vírus diariamente. Nesse período, somos inegavelmente e cada vez mais dependentes de plásticos ​​para manter a nós mesmos e aos outros protegidos do vírus.

Em uma declaração feita para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Greenpeace diz: "Não é o plástico, mas a higiene que nos protegerá do coronavírus". Outra advertência do Greenpeace é sobre informações de que o setor de plásticos criou a percepção de que o uso de plástico, como sacolas, talheres, pratos e recipientes de alimentos, oferece proteção contra o coronavírus. O fato do material ser de plástico descartável não reduz o risco de contrair infecções virais durante o uso; pelo contrário, o plástico é um dos materiais nos quais o vírus tem o maior tempo de sobrevivência. A organização recomenda o foco na higiene pessoal e a consideração do futuro, protegendo a natureza e não criando montanhas de lixo plástico contaminado.

O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia. O país também é um dos que menos recicla este tipo de lixo: apenas 1,2% é reciclado, ou seja, 145.043 toneladas. Já os europeus geram 25 milhões de toneladas de resíduos plásticos, mas menos de 30% é coletado para reciclagem. Em todo o mundo, os plásticos representam 85% do lixo da praia. E os plásticos estão chegando aos pulmões e às mesas de jantar dos cidadãos, com microplásticos no ar, na água e nos alimentos, com um impacto desconhecido em sua saúde.

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O desperdício de plástico gerado pode ser evitado através de algumas etapas simples. Exemplos: proibir sacolas plásticas, usar copos e xícara de vidro e porcelana.

Enquanto os países com visão de futuro estão progredindo em direção a um futuro com menos plástico, a questão sobre a diminuição do seu uso aguarda o fim da pandemia.

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Referências

https://www.trtworld.com/magazine/is-the-pandemic-setting-us-back-in-the-fight-against-plastic-37003
https://www.redebrasilatual.com.br/blogs/planeta-azul/2020/06/isolamento-social-poluicao-energias-renovaveis/
https://jornal.usp.br/atualidades/isolamento-social-provoca-queda-de-poluicao-atmosferica-em-sao-paulo/

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